Em becos escuros
Ruelas apertadas
Entre muros
Sobre as estrelas douradas
Vai se andando
Vai se pensando
Vai se sonhando
Vai se sozinho
Seguindo o caminho
Sem o ver
Apenas se vai olhando
Segue se calmamente
Como amigo o tempo
Como companheiro a mente
Passo após passo
Mais hora menos hora
Sobre o espaço
Minha alma chora
Vou percorrendo
A rua sem fim
Vou sofrendo
Só para mim
Dê onde der
Seja onde for
Não deixo de a percorrer
Com dor
Ou sem dor
Deambulando
Na sombria calsada
Vou lembrando
Uma figura alada
Sombras de sentimentos
Sombras de emoções
Sombras de outros tempos
Rodeiam me de antigas paixões
A vida e assim
Uma estrada em que temos que entrar
Uma estrada sem fim
Que temos que enfrentar
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