Tempo “sui generis” em que se vive
Em que distinto é prática corrente
Tudo da mesma forma a tentar ser diferente
Cada individuo e seu esforço na individualidade
Com tentativas idióticas de estabelecer desigualdade
E a caminhar a passos largos até a banalidade
Possuir e aparentar estão a um patamar superior
Em uma diferente ordem, uma diferente hierarquia
Tudo bem organizado em sua mais perfeita anarquia
Onde ser toma seu lugar na secção de baixo valor
Tempos estes em fúteis tentativas esbanjados
Pores-do-sol a cada esquina abandonados
Brisas de primavera leves e serenas desaproveitadas
Silêncios de uma noite estrelada de verão
E sua lua gigante a banhar a terra de seu luar
Livres e soltos no ar, com poucos para os admirar
Tudo isso é trocado prescindindo de reflexão
Por meio minuto no centro da atenção
Triste sociedade rodeada do que não pára para ver
Com imensas saídas, escolhas e opções
Desperta mundo para o mundo que está a acontecer
Vê, vive e exulta todas as sensações
Neste pequeno tempo que nos deram para o fazer