quinta-feira, 12 de março de 2009

"No auge da escuridão"

No auge da escuridão
Entre quatro paredes surdas
Sobre as almofadas mudas
Sonho com minha paixão

A voz doce e meiga
Como uma brisa de verão
Não há nada mais que consiga
Acalmar me o coração

A mente límpida e cristalina
Como a mais pura água do lago mais puro
Isolado numa colina
Que simplesmente adoro

Dona de uma beleza resplandecente
Sem comparação
Que me põe demente
E que me arrebata o coração

Teatro da vida

Estamos num mundo onde reina a ficção
Onde tudo espera pela voz de partida
Luzes câmaras acção
Começa a representação da vida

Acendem se as luzes
Ouvem se os aplausos de fundo
Abrem os panos ilustres
Sobe a peça ao palco do Mundo

Fingidas paixões ardentes
Tristezas já mais sentidas
Mente se com todos os dentes
Mas todas elas aplaudidas

Rola a peça sem temas novos
Como publico a Humanidade
Como actores todos os povos
E como tema a realidade

Vai assim seguindo
A vida numa breve ilusão
Esperto e quem vai seguindo em outra direcção